Novembro 5, 2024

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Setor da construção “no limite”

Setor da construção “no limite”

“A menos que sejam tomadas medidas urgentes, o setor da construção pode chegar ao fim da fila de pessoal qualificado. Neste momento, já não precisamos de 60 mil ou 70 mil, mas sim de 90 mil trabalhadores qualificados”, afirmou à Lusa o presidente do sindicato, Albano Ribeiro.

Por exemplo, o líder sindical apontou para um estaleiro de construção que visitou na semana passada, dizendo: “Havia 150 trabalhadores, dos quais apenas 20% eram portugueses. Os restantes eram trabalhadores estrangeiros, 50% a 60% não qualificados. Eles não trabalhavam”. na indústria da construção, e muitos deles nem sabiam para quem trabalhavam. Não sei”, disse ele.

Segundo Albano Ribeiro, o envelhecimento do sector assenta nesta situação de não conseguir atrair novos trabalhadores “porque os salários não são atrativos”.

Com isso, a construção está cada vez mais dependente de trabalhadores estrangeiros, aos quais o sindicato garante não ter “nada contra”, mas diz que estão completamente desintegrados, profissional e socialmente incapazes de continuar a vir para Portugal. “Agora são dezenas de trabalhadores estrangeiros e nós, sindicato, temos apoiado-os com dinheiro para transportes e alimentação. Mas queremos acabar com isto, isto não pode continuar”, sustenta Albano Ribeiro.

Nesse sentido, o sindicato da construção quer organizar uma reunião no Porto no dia 1 de fevereiro, que convidará o presidente do sindicato patronal. AICCOPNO ministro do Trabalho e as embaixadas do Brasil, Colômbia, Marrocos e Peru afirmam que mais trabalhadores estão a chegar ao sector.

Relativamente aos acidentes mortais na indústria da construção, o sindicato da construção espera uma diminuição de 51% no número de vítimas mortais, de 54 para 27, entre 2022 e 2023. Pedido de 70%.