FREETOWN (Reuters) – Serra Leoa declarou toque de recolher nacional depois que homens armados não identificados atacaram um quartel militar e tentaram invadir um depósito de armas na capital Freetown, disse o governo neste domingo.
Um comunicado do governo disse que as forças de segurança assumiram o controle da situação.
“Nas primeiras horas de domingo, alguns indivíduos não identificados tentaram invadir o arsenal militar no Quartel Wilberforce. A tentativa foi rejeitada”, disse o ministro da Informação, Chernor Bah, no comunicado.
A declaração acrescentava: “Um toque de recolher em todo o país foi anunciado com efeito imediato… Aconselhamos fortemente os cidadãos a ficarem em casa”.
A situação política no país da África Ocidental permanece tensa desde que o Presidente Julius Maada Bio foi reeleito numa eleição disputada em Junho, cujos resultados foram rejeitados pelo principal candidato da oposição.
O Presidente Maada Bio disse na altura que os protestos antigovernamentais que resultaram na morte de seis agentes da polícia e de pelo menos 21 civis em Agosto passado foram uma tentativa de derrubar o governo.
Numa mensagem na conta do presidente nas redes sociais no domingo, ele disse que houve uma violação de segurança quando alguns indivíduos não identificados atacaram o arsenal militar.
“Enquanto a equipa conjunta das nossas forças de segurança continua a caçar os remanescentes dos rebeldes em fuga, foi declarado um recolher obrigatório a nível nacional e os cidadãos são encorajados a permanecer nas suas casas”, dizia o post.
Houve oito golpes militares na África Ocidental e Central desde 2020, desferindo golpes repetidos à democracia numa região que parece estar a fazer progressos na eliminação do título de “cinturão do golpe”.
Um repórter da Reuters que encontrou um grupo de soldados desertores disse que tiros esporádicos ainda podiam ser ouvidos nas ruas vazias de Freetown, perto do quartel, no domingo.
“Vamos limpar esta comunidade”, disse um dos homens mascarados em uniforme militar antes de saírem do carro. “Sabemos o que estamos fazendo. Não estamos atrás de civis comuns que deveriam cuidar de suas atividades normais.”
Reportagem de Umaru Fofana, escrita por Pat Felix, edição de David Goodman
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