Novembro 23, 2024

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Seis milhões de portugueses carecem de pelo menos um dente natural

Seis milhões de portugueses carecem de pelo menos um dente natural

Mais de metade da população portuguesa não tem pelo menos um dente natural

Seis em cada dez estão em Portugal Pelo menos um dente natural está faltandoE mais da metade dos dentes perdidos não são substituídos, segundo Barômetro de Saúde Bucal 2023 Lançado nesta sexta-feira.

Dados da 8ª edição do Barômetro de Saúde Bucal 2023 realizado pela Ordem dos Médicos (OMD)Expresse isso Apenas 41,1% dos 1.102 entrevistados com 15 anos ou mais tinham dentição completa., Exceto os dentes do siso. A boa notícia é que este número representa uma evolução positiva em relação aos anos anteriores.

Segundo o estudo, 22,8% dos entrevistados tinham seis ou mais dentes faltando, o que se acredita afetar a mastigação e a saúde bucal. Destes, 18,2% não tinham próteses dentárias de substituição, um aumento de 1,8 pontos percentuais (pp) face a 2022, mas uma diminuição de 5,6pp face a 2018.

“Embora cerca de 59% não tenham pelo menos um dente natural, esta é uma diminuição significativa em comparação com os dados do último barómetro, uma queda de 8,8 pontos percentuais”, diz o barómetro. 6,2% dos entrevistados perderam todos os dentes, semelhante a 2022 (6,4%).

Segundo Miguel Bávão, presidente da OMD, Esses números são “alarmantes”. E “Demonstrar a urgência da implementação de medidas há muito previstas no mandato, como a criação de vales dentários e a criação de uma profissão especializada no Serviço Nacional de Saúde (SNS)” capaz de atrair médicos dentistas e profissionais de saúde oral.

Um barómetro divulgado hoje no Congresso da OMD revela exatamente isso 64,4% dos portugueses vão ao dentista pelo menos uma vez por anoUma diminuição face a 2022, contrariando a tendência observada nos últimos anos.

Também indica O número de portugueses que nunca visitou um dentista (10,3%) ou em situações de urgência (30,8%) aumentou 2,4pp.. Daqueles que faltam seis ou mais dentes naturais, apenas 46,2% fazem um check-up pelo menos uma vez por ano, um aumento de 0,3 pontos percentuais em relação a 2022.

“Indivíduos mais velhos muitas vezes relatam nunca ter ido ao dentista. “Dos portugueses com 65 ou mais anos, 9,9% nunca o fizeram”, refere o estudo, sublinhando que “em geral, quanto menos escolarizados, menos frequentes são as visitas”.

Quando analisados ​​por regiões, a Grande Lisboa (10,3%) e o Litoral Centro (8,2%) reportam mais pessoas que afirmam nunca ter consultado um dentista, ao contrário do Grande Porto (0,9%) e do Litoral Norte (0,5%). e Madeira (0%).

Para crianças menores de seis anos que nunca foram ao dentista, o percentual caiu pelo segundo ano consecutivo. Caiu para 73,4% em 2021, 65,2% em 2022 e 53,5% este ano.

A percentagem de inquiridos que afirma não necessitar de ir ao dentista subiu para 71,3% (um aumento de 21,1pp face a 2022), regressando a valores semelhantes aos da edição de 2021. Entretanto, o número de pessoas que afirmam não conseguir obter aconselhamento (24,4%) diminuiu 5,1 pontos percentuais.

Segundo o Barómetro, apenas 2% da população tem acesso a um dentista através do Serviço Nacional de Saúde ou de vale-dentista. A maioria (98%) recorre ao sector privado através de seguros e planos de saúde ou auxiliares de saúde.

“Uma das razões que ajuda a explicar esta diferença é que 66,8% das pessoas desconhecem que o SNS presta serviços dentários, o que se agravou significativamente face aos 55,9% em 2022”, afirmou a OMD.

Miguel Bávão disse no comunicado “A medicina dentária apresenta-se como uma prioridade no sector da saúde, mas a realidade é que não existe uma estratégia para a saúde oral”.

“Basta ver se 30 milhões de euros de um total de 15 mil milhões de euros estão alocados no Orçamento do Estado para a saúde oral”, disse.

Em termos de hábitos de higiene oral, o Barómetro constatou que 78,8% das pessoas afirmaram escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, um aumento de 5,7 pontos percentuais em relação a 2022.

Fonte: Lusa