LISBOA, 02 Jun (Reuters) – Portugal quer manter uma participação estratégica na companhia aérea estatal DAP e não abrirá mão de todo o seu capital em uma próxima privatização, disse o secretário de Finanças, João Nuno Mendes, nesta sexta-feira.
Segundo o ministro das Finanças, Fernando Medina, o governo obrigou em abril a holding estatal BarPublica a escolher dois avaliadores independentes para avaliar a TAP antes da sua privatização, que será lançada em julho.
Pelo menos três grandes companhias aéreas globais, a Lufthansa (LHAG.DE), a Air France-KLM (AIRF.PA) e a proprietária da British Airways, IAG (ICAG.L), manifestaram interesse.
Mendes disse à comissão parlamentar que o governo quer que o processo seja conduzido “em condições harmoniosas para manter uma participação pública de natureza estratégica na empresa”.
“O governo não está disposto a vender todo o capital do DAP”, disse Mendis sem dar mais detalhes.
A companhia aérea está sob um plano de resgate aprovado por Bruxelas no valor de 3,2 bilhões de euros (US$ 3,43 bilhões). O plano inclui a redução da frota da TAP, corte de milhares de postos de trabalho e redução dos salários da maioria dos trabalhadores.
A TAP reduziu para metade as perdas líquidas do primeiro trimestre, para 57,4 milhões de euros, com o número de passageiros a ultrapassar os níveis pré-pandemia.
(US$ 1 = 0,9321 euros)
Reportagem de Sergio Gonçalves; Edição de Andre Caleb e Susan Fenton
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