Vivemos bombardeados por informações, ainda mais na internet. Todas mostrando algo incrível, inovador, necessário, urgente, vital. Não há tempo mais para pensar, pesquisa-se tudo rapidamente e a tomada de decisão é quase instantânea. Ao mesmo tempo, estamos mais ansiosos, sem conseguir dormir, viciados em tela e com as relações desgastadas. Por trás disso tudo, está o copywriting malfeito. Sim, porque existe o bom e o mal uso da técnica, que por si é muito interessante. Entenda o que é copywriting, seu uso de forma predatória e as boas práticas.
O que é copywriting
Copywriting é o mesmo que escrita persuasiva, ou seja, aquela que tem intenção de direcionar o comportamento ou trazer uma determinada ação. Ele é usado amplamente nos meios digitais, mas sua origem vem muito antes, nas mídias tradicionais.
Com acontece com qualquer técnica, ele pode ser bem empregado, mostrando caminhos e levando o leitor até a solução de algum problema que ele apresente. Por outro lado, pode também ser mal utilizado, quando nas mãos de profissionais que buscam o resultado a todo custo.
Como está sendo feito
Infelizmente, o que se encontra hoje é um festival de ativação de gatilhos – propositalmente – a fim de ter resultados a curto prazo. Entre os gatilhos mais utilizados estão o de escassez, urgência, controvérsia, autoestima entre outros. Veja alguns exemplos de má utilização do copywriting:
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Nos deparamos com isso o tempo todo, seja em propagandas enviadas por e-mail, landing pages, nas redes sociais, textos despretensiosos de blogs, vídeos e muito mais. Estamos cansados e pode-se notar as consequências disso.
O que isso causa
Estamos cada vez mais desatentos, estressados e ansiosos. A quantidade de estímulos, dentro e fora da rede, é absurdamente maior que a dez anos atrás. A velocidade com que tudo mudou não permite uma correta adaptação à realidade, já que muitos processos mexem com a própria estrutura de vida.
O uso desregrado e irresponsável de gatilhos, pode despertar sensações negativas em pessoas predispostas, intensificando os problemas abaixo:
- Ansiedade: gatilhos de urgência agravam a sensação de ansiedade, em quem já tem predisposição, além de outros utilizados de forma irresponsável na comunicação;
- Necessidade de isolamento: em meio a tantas demandas, as pessoas estão em busca cada vez mais de encontrarem um tempo a sós do que aproveitar o tempo com os seus;
- Superficialidade: as pessoas já não leem as matérias, ficando muitas vezes com a informação disponibilizada no título, lead e no máximo primeiro parágrafo de uma notícia ou artigo;
- Falta de confiança: a credibilidade em publicidade e até em muitos blogs reduziu drasticamente. A forma com que a comunicação é estabelecida, com excesso de gatilhos e sempre com as ‘últimas vagas’ ou oportunidades, leva a um sentimento de descrença.
Boas práticas
Apesar de existirem sim gatilhos ruins, que podem desencadear crises ou amplificar problemas, há também técnicas mais adequadas. Entre elas estão o storytelling, afinidade com a audiência, bons gatilhos mentais, conteúdos ricos, conhecimento, provar o que está sendo dito, bons títulos e muito mais.
Em outras palavras, dá para fazer um bom texto, cuidadoso e que converta adequadamente. Isso tudo sem apelar para recursos que podem prejudicar as pessoas que têm tendências relativas a elas.
Você já passou por alguma situação parecida? Como foi lidar com uma enxurrada de gatilhos, que chegam a ser engraçados, de tão exagerados? Deixe suas impressões nos comentários e vamos ampliar essa discussão sobre copywriting e saúde mental.
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