- autor, João da Silva
- Papel, Repórter de negócios
A Kaspersky disse que tomou a “triste e difícil decisão” de sair “porque as oportunidades de emprego no país não são mais viáveis”.
Isto ocorre depois que a secretária de Comércio, Gina Raimondo, disse no mês passado que a influência de Moscou sobre a empresa representa um grande risco para a infraestrutura e os serviços americanos.
A Kaspersky, que opera nos Estados Unidos há duas décadas, negou essas acusações.
“A partir de 20 de julho de 2024, a Kaspersky reduzirá gradualmente suas operações nos EUA e eliminará empregos baseados nos EUA”, afirmou a empresa em comunicado.
Seu site nos EUA já parou de vender ferramentas antivírus e de cibersegurança, com uma mensagem informando “Não disponível para compra para clientes nos EUA”.
Este anúncio surge após a proibição da venda e distribuição de produtos Kaspersky nos Estados Unidos.
Raimondo disse que os Estados Unidos foram forçados a tomar esta ação devido à “capacidade e intenção da Rússia de coletar e transformar em armas as informações pessoais dos americanos”.
“A Kaspersky geralmente não poderá, entre outras atividades, vender seu software nos Estados Unidos ou fornecer atualizações para software já em uso”, disse o Departamento de Comércio.
A decisão utilizou amplos poderes criados pela administração Trump para proibir ou restringir transações entre empresas dos EUA e empresas de tecnologia de países “estrangeiros hostis”, como a Rússia e a China.
A decisão proibiu efetivamente o download, a revenda e o licenciamento de atualizações de software a partir de 29 de setembro, enquanto novos negócios deveriam ser restringidos 30 dias após o anúncio.
Vendedores e distribuidores que violarem as restrições enfrentarão multas do Ministério do Comércio.
Segundo o Ministério do Comércio, a multinacional com sede em Moscovo tem escritórios em 31 países em todo o mundo, servindo mais de 400 milhões de utilizadores e 270 mil clientes institucionais em mais de 200 países.
Na época, a Kaspersky disse que pretendia buscar “todas as opções legais disponíveis” para combater a proibição e negou envolvimento em qualquer atividade que ameaçasse a segurança dos EUA.
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