Novembro 19, 2024

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Falta de médicos leva maternidades portuguesas ao limite

Falta de médicos leva maternidades portuguesas ao limite

LISBOA, 16 Jun (Reuters) – Os hospitais portugueses são forçados a fechar temporariamente suas maternidades de emergência ou trabalhar com menos funcionários devido à falta de ginecologistas, aumentando os temores sobre a segurança das mulheres.

As férias bancárias e a disseminação do COVID-19 entre os médicos agravaram o problema estrutural da longa escassez de médicos em Portugal.

“Estamos em estado de desintegração e, se não for resolvido em breve, (mais) serviços serão encerrados”, disse Carlos Cortez Lusa, chefe regional da Ordem dos Médicos do órgão regulador, à Associated Press.

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O Patient Advocacy Group alertou que “situações graves”, como negligência, podem ocorrer devido à falta de OVO. Os promotores estaduais iniciaram uma investigação na terça-feira depois que uma mulher perdeu seu bebê em um hospital com falta de funcionários.

O Amatora-Cindra, em Lisboa, um dos maiores hospitais do país, encaminhou doentes para outros hospitais durante 12 horas até às 8h de quinta-feira.

As unidades hospitalares dos concelhos de Montejo e Portalegra, perto da fronteira espanhola, também foram encerradas, estando previsto o encerramento das maternidades de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na sexta-feira e no fim-de-semana.

O governo anunciou na quarta-feira um plano de contingência que inclui a divulgação de 1.639 vagas para médicos especialistas. No entanto, a ministra da Saúde Marta Demido reconheceu que os potenciais candidatos estavam a ser adiados pelo difícil ambiente de trabalho do SNS.

À semelhança de outros países como a vizinha Espanha, milhares de médicos e enfermeiros portugueses fugiram do país em busca de melhores salários e oportunidades nos países ricos.

De acordo com o mandato dos médicos, cerca de 50% dos ginecologistas portugueses trabalham no setor privado ou no estrangeiro, e quase metade dos que trabalham em hospitais públicos têm mais de 55 anos, o que significa que podem recusar legalmente os serviços de urgência.

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Relatório de Katrina Demoni; Relatório Adicional de Patrícia Rua e Sérgio Concalves; Eislein Lyng, editado por Alexandra Hudson

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