Dezembro 26, 2024

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As pegadas de dinossauros mais antigas da Península Ibérica foram descobertas no distrito de Leiria

As pegadas de dinossauros mais antigas da Península Ibérica foram descobertas no distrito de Leiria

As pegadas datam de 195 milhões de anos

Pegadas de dinossauros com 195 milhões de anos foram descobertas em Alvisare, no distrito de Leiria, e são as mais antigas da Península Ibérica, segundo um estudo científico divulgado ontem.

As pegadas encontram-se numa camada de rochas carbonáticas (calcários dolomíticos) da Formação Coimbra da fase Cinemoriana (Jurássico Inferior). Essas pegadas são atribuídas a dinossauros ornitísquios e crocodilomorfos. Estes animais deixaram as suas pegadas naquela que era então uma vasta planície costeira, onde hoje se situa o concelho de Alveser”, refere um relatório do Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP) e do Instituto Politécnico de Tomar. (IPT).

A descoberta foi publicada em uma revista internacional Biologia Histórica‘um novo tipo de dinossauro foi identificado.Moenissaropus lusitanicus‘, por uma equipa multidisciplinar de investigadores portugueses “ampliou o conhecimento da diversidade de dinossauros e outros vertebrados conhecidos no registo fóssil do Jurássico Inferior na Europa e em todo o mundo”.

Com cerca de 195 milhões de anos, esse registro, segundo o CPGP, mostra que o A primeira ocorrência de dinossauros na Península IbéricaApós a descoberta de pegadas de saurópodes na Pedreira do Galinha (Monumento Natural das Pegadas de Dinossauros da Serra de Aire), estas têm cerca de 170 milhões de anos.

“O registo fóssil do Jurássico Inferior na Península Ibérica é escasso, pelo que este trabalho é uma Uma grande contribuição para o conhecimento dos dinossauros do Jurássico Inferior A nível internacional e para a reconstrução paleogeográfica e paleontológica do Sinemuriano de Portugal”, afirmou o CPGP.

O estudo foi liderado por Silvério Figueiredo, professor do Instituto Politécnico de Tomar e investigador principal do Centro Português de Geo-História e Pré-história.

Participaram também investigadores da Universidade de Coimbra; MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente; Geoparque NaturTejo; da FCUL d. Instituto Lewis; Al-Bayaz – Associação de Defesa do Património e CAA-Portugal.

Além dos pesquisadores, Três jovens estudantes do ensino secundário também participaram no trabalho de campoComo parte de Estágio de verão organizado pela Ciência Viva Em associação com o CPGP e incluído no esquema.

Lusa