WASHINGTON/BAGDÁ (Reuters) – Os Estados Unidos realizaram duas séries de ataques aéreos no Iraque contra militantes apoiados pelo Irã, disseram autoridades norte-americanas nesta terça-feira, na primeira resposta anunciada dos EUA no Iraque a dezenas de ataques recentes contra forças no Iraque. Região.
Até esta semana, os Estados Unidos tinham-se mostrado relutantes em responder no Iraque devido à delicada situação política local.
O primeiro-ministro iraquiano, Muhammad Shiaa al-Sudani, tem controlo limitado sobre as milícias apoiadas pelo Irão, cujo apoio precisava para conquistar o poder há um ano e que agora formam um bloco poderoso na sua coligação governante.
Os militares dos EUA disseram em comunicado que o ataque ocorrido na noite de terça-feira teve como alvo duas instalações no Iraque.
“Os ataques foram uma resposta direta aos ataques contra as forças americanas e da coalizão por parte do Irã e de grupos apoiados pelo Irã”, disse o comunicado.
Um oficial de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que o ataque lançado por caças teve como alvo e destruiu o centro de operações do Kataib Hezbollah e o centro de comando e controle do Kataib Hezbollah perto de Anbar e Jurf al-Saqr, ao sul de Bagdá.
A milícia das Brigadas Iraquianas do Hezbollah é uma poderosa facção armada com laços estreitos com o Irão.
O responsável disse que membros das Brigadas do Hezbollah estavam presentes, mas que as vítimas estavam a ser avaliadas.
Autoridades americanas disseram que há cerca de 24 horas, as forças americanas foram atacadas em uma base aérea a oeste de Bagdá, e uma aeronave militar americana AC-130 respondeu em legítima defesa, matando vários militantes apoiados pelo Irã.
Duas autoridades norte-americanas afirmaram que a base aérea de Ain al-Asad foi atacada por um míssil balístico de curto alcance, ferindo oito pessoas e causando pequenos danos à infra-estrutura.
Até agora, os Estados Unidos limitaram a sua resposta aos 66 ataques contra as suas forças no Iraque e na vizinha Síria, pelos quais facções iraquianas aliadas ao Irão assumiram a responsabilidade, a três conjuntos distintos de ataques na Síria.
Pelo menos 62 soldados norte-americanos sofreram ferimentos leves ou lesões cerebrais traumáticas nos ataques.
Os ataques começaram em 17 de Outubro e grupos armados iraquianos ligaram-nos ao apoio americano a Israel no bombardeamento de Gaza na sequência dos ataques lançados pelo movimento palestiniano Hamas contra Israel.
Os ataques a alvos americanos puseram fim a uma trégua unilateral de um ano declarada com Washington por facções iraquianas, algumas das quais formadas na sequência da invasão americana em 2003 para combater as forças americanas, e outras em 2014 para combater o ISIS.
Contas de mídia social ligadas a facções iraquianas aliadas ao Irã publicaram um comunicado sob o nome “Resistência Islâmica no Iraque”, lamentando a morte de um membro que disseram ter sido morto em batalha contra as forças americanas na terça-feira, sem entrar em detalhes.
A sua morte é a primeira vítima anunciada publicamente no Iraque ligada à guerra de Gaza, que atraiu outras facções da rede iraniana de milícias regionais conhecidas como Eixo da Resistência, como o Hezbollah do Líbano.
Os Estados Unidos têm 900 soldados na Síria e 2.500 soldados no Iraque numa missão que diz ter como objetivo prestar aconselhamento e assistência às forças locais que tentam impedir o regresso do ISIS, que em 2014 assumiu o controlo de grandes áreas do território dos dois países. antes de sua derrota.
(Reportagem de Taimur Azhari em Bagdá e Phil Stewart e Ali Idris em Washington; Preparação de Mohammed para o Boletim Árabe) Edição de Andrew Heavens, Alexandra Hudson, Chizuo Nomiyama, Mark Porter e Leslie Adler
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