Este ano, o júri de Cannes – que seleciona os vencedores da Palma de Ouro e outros prêmios da competição – é presidido por Vincent Lyndon, cuja atuação graciosa no vencedor da Palma de Ouro do ano passado, “TitãFoi um dos destaques deste filme.
Os outros jurados: Asghar Farhadi, que esteve aqui no ano passado como diretor de “Hero”. atriz e diretora britânica Rebecca Hall; Ladge Lee, que participou do Prêmio do Júri (uma espécie de terceiro lugar, prêmio honroso) em 2019 por dirigir um filme chamado “Les Miserables”; o diretor americano Jeff Nichols; atriz indiana deepika; Nomi Rapas, estrela da sueca “Garota com a Tatuagem do Dragão”; Joachim Trier, que dirigiu A Pior Pessoa do Mundo do ano passado; e a atriz e diretora italiana Yasmine Trinca.
As pessoas gostam de espalhar rumores sobre o que está acontecendo com o júri.
Será que David Kronberg, presidente do júri em 1999, forçou seus colegas a dar unanimemente uma Palma a “Rosetta”, que foi exibida tão tarde no festival que muitos críticos não a viram? (Cronenberg negou esses rumores e, em 2014, concordou com Bilge Eberi, do Vulture, que a carreira posterior de Dardenne – e eles ganharam a Palma de Ouro novamente em 2005 por “L’Enfant” – Esta escolha acabou por ser uma boa escolha.)
Pedro Almodóvar, presidente do júri em 2017, favoreceu o filme francês de crise da AIDS “BPM (Beats Per Minute)” em vez do vencedor daquele ano, “The Square”? (Para constar, eu estava na coletiva de imprensa logo após a cerimônia de premiação, e Almodóvar não disse nada que sugerisse que ele tinha nada além de admiração sincera pelos dois filmes.)
Parte do problema, como Cronenberg apontou naquela entrevista, é que os jornalistas inventam uma história sobre corridas de cavalos quando o festival começa e preveem os vencedores, muitas vezes de forma errada. O festival trata principalmente os membros do júri como o equivalente humano de um caminhão blindado. Boa sorte em conseguir uma entrevista com eles.
Mesmo quando um júri explica suas opções, como na entrevista coletiva de encerramento, seus membros geralmente não falam fora da escola. Há exceções: William Goldman, em seu livro “Hype & Glory”, descreveu o que aconteceu nos bastidores quando serviu no júri em 1988.
Outro aspecto diferenciador do júri de Cannes – que é escolhido pelo festival, não pelo presidente do júri – é que ninguém parece se importar muito com o surgimento de conflitos de interesse.
Sean Penn julgou ‘Changing’ de Clint Eastwood depois que Eastwood o orientou a ganhar um Oscar por ‘Mystic River’. Isabelle Huppert deu a Palma para “White Ribbon” dirigido por Michael Haneke, que trabalhou com ela em “The Piano Teacher” e “Time of the Wolf”. E Elle Fanning foi jurada do júri de 2019 em Once Upon a Time… in Hollywood, no qual a irmã de Elle, Dakota Fanning, desempenha um papel coadjuvante. (Ele saiu do filme de mãos vazias.)
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