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Lisboa / Madri, 24 de fevereiro (Reuters) – Autoridades espanholas e portuguesas pediram nesta quinta-feira que a Europa trabalhe mais de perto na gestão do fornecimento de energia, em meio a crescentes temores de uma invasão russa da Ucrânia.
Ao contrário de muitos países do continente que dependem da Rússia para 40% do seu gás total, nenhum país da Península Ibérica conta com a Rússia como um dos seus principais fornecedores.
O primeiro-ministro português, António Costa, disse quinta-feira que o porto português de alto mar da Ciência – o porto europeu mais próximo dos Estados Unidos, “tem infraestrutura para receber e exportar gás natural para a Europa”.
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Costa disse em entrevista coletiva que permitiria a importação de energia dos Estados Unidos e da África.
Em Madrid, a ministra da Energia e Ambiente, Theresa Ribeira, salientou o facto de a Espanha ter a maior capacidade da Europa para morrer de gás natural liquefeito (GNL) no mar.
“É essencial fortalecer a coordenação sobre onde a carga de outros países pode morrer”, disse ele.
Operador Nacional do Sistema de Transmissão Enakas (ENAG.MC) Na sequência dos anteriores “leilões extraordinários” do ano passado, as estações de serviço vão vender espaço extra para descarregar os petroleiros, disse Ribeira.
“Apoiamos a decisão prudente da Enakas de pedir mais estoque”, disse Ribeira.
Na quinta-feira, Enakas disse que leiloaria mais quatro dos 29 assentos já alocados em março. Estes são “destinados tanto à demanda doméstica quanto às exportações” e são comparáveis a um total de 27 esperados em fevereiro, disse em comunicado.
O GNL nesses terminais teria que ser convertido novamente em gás e depois bombeado para outro lugar, algo que seria difícil de fazer a partir de Espanha ou Portugal, que tem conexões limitadas de gasodutos para outras partes da Europa, onde apenas um gasoduto vai da Espanha à França. consulte Mais informação
O plano de construir um gasoduto França-Espanha nos Pirenéus em 2019 foi rejeitado.
Costa disse esperar que a UE aborde a questão da segurança energética: “Neste contexto, o aumento das relações entre Portugal e Espanha e entre Espanha e Europa é crucial”.
Andy Brown, CEO da Golf Energy, empresa portuguesa de petróleo e gás (GALP.LS)Ele disse ao jornal Publico na quinta-feira que “até hoje, não há gás natural liquefeito suficiente disponível para substituir o gás russo”.
“Já existe muita demanda e muitos compradores de estoque, muitos dos quais são destinados à Ásia. Embora o fornecimento de GNL (via navios de metano) para a Europa tenha crescido recentemente, não há oferta suficiente para preencher essa lacuna se é russo. O gás foi cortado”, disse ele.
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Reportagem de Sergio Concalves e Isla Binny; Editando Andrew Heavens
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